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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Angelico 1982-2011


Óbito de Angélico Vieira declarado pouco antes da meia-noite

DR
cantor ator Angélico Vieira morreu esta terça-feira (28) em consequência das “graves lesões provocadas pelo acidente de viação de que foi vítima”. Segundo António Barros, assessor do Hospital de Santo António, no Porto, onde o jovem se encontrava internado, “o óbito foi declarado após a confirmação do estado de morte cerebral“, cerca das 23H40.
O estado de saúde do cantor e ator, de 28 anos, havia piorado nas últimas horas, na sequência do grave acidente de viação que sofreu no sábado (25), na A1, no sentido Porto-Lisboa, junto à saída para Estarreja. A violência do despiste provocou um traumatismo crânio-encefálico “muito grave” a Angélico Vieira.
O jovem, que foi submetido a uma cirurgia naquela unidade hospitalar depois do acidente, esteve ligado a um sistema de suporte de vida, que acabou por ser desligado esta terça-feira, depois de os médicos terem declarado a sua morte cerebral.
Sandro Milton Angélico Vieira, nascido em Lisboa em 31 de dezembro de 1982, trabalhava como modelo e estudava gestão de empresas quando, aos 21 anos, foi escolhido para representar o papel de David na série televisiva “Morangos com Açúcar”. Paralelamente, Angélico ganhou notoriedade como vocalista da “boys band” D’ZRT, que, após três anos de sucessos, se desfez.
Em declarações à Lusa no dia do acidente, fonte da GNR afirmou que o acidente foi causado pelo rebentamento do pneu esquerdo da frente do automóvel conduzido pelo antigo vocalista dos D’ZRT. “O carro bateu no separador lateral e o condutor, Angélico, e outros dois ocupantes foram projetados, pelo que, em princípio, não teriam cinto de segurança”, afirmou a fonte, acrescentando que a vítima mortal foi atingida por um outro automóvel que seguia atrás.
O único ocupante que não foi projetado era um homem que seguia ao lado do condutor e teve ferimentos ligeiros, referiu o responsável da GNR. Atrás seguiam outro homem, que foi atropelado mortalmente, e uma jovem, que sofreu ferimentos graves e está internada na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Santo António.

terça-feira, 28 de junho de 2011


Da televisão para os palcos, Angélico era um ídolo juvenil

29.06.2011 - 00:12 Por Cláudia Carvalho
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 Em 2004 quando apareceu em “Morangos com Açúcar” ainda ninguém o conhecia. Durante muito tempo, o nome de Angélico viveu na sombra de David, a sua personagem na série juvenil. Sete anos depois, tornou-se conhecido pelo seu trabalho como actor, cantor e modelo.
Foi ao lado dos D'ZRT que Angélico conquistou milhares de fãsFoi ao lado dos D'ZRT que Angélico conquistou milhares de fãs (Enric Vives-Rubio)
Sandro Milton Vieira Angélico, Angélico Vieira, nasceu a 31 de Dezembro de 1982. Apesar de ter nascido em Lisboa, nunca esqueceu as raízes angolanas, às quais tantas vezes fez referência nos seus trabalhos.

Aos 21 anos começou a trabalhar como modelo para a agência DXL Models, naquele que foi o passaporte para a ribalta. Foi então que entrou em “Morangos com Açúcar”. Frequentava ainda o 3º ano de gestão de empresas, mas o sonho da carreira artística falou mais alto. A TVI deu-lhe a oportunidade e Angélico não a desperdiçou. Mostrou que sabia representar e, para além disso, que sabia cantar e dançar, um dos seus grandes sonhos.

Na novela juntou-se a Paulo Vintém, Edmundo Vieira e Vítor Fonseca e daí nasceram os D’ZRT, uma boysband portuguesa que logo na primeira música cantada conquistou o público juvenil. “Para mim tanto me faz”, o primeiro single da banda, foi dado a conhecer na televisão, mas não demorou muito tempo a saltar para os palcos do país. As personagens depressa desapareceram e os D’ZRT passaram da ficção para a realidade.

O primeiro álbum saiu para as lojas em 2005 e esteve 33 semanas no top nacional de vendas, 22 das quais no primeiro lugar, valendo-lhes 16 discos de platina. O sucesso estava alcançado. Durante três anos, onde os D’ZRT apareciam, a casa cheia era uma garantia. Deram mais de 250 concertos, percorreram o país, fizeram a delícia dos milhares de fãs. E depois decidiram que estava na altura de terminar o projecto e dedicaram-se a novos trabalhos.

Ao contrário dos seus parceiros Angélico nunca desapareceu do mundo artístico. Novelas, disco a solo, participações em programas televisivos. As luzes da ribalta continuaram ligadas para o artista.

Começou com pequenas participações em novelas, como em “Doce Fugitiva”, em 2007. Seguiu-se depois “Feitiço de Amor” e este ano entrou ainda em “Espírito Indomável”, onde a sua personagem, à semelhança da vida real, também teve um fim trágico.

Pelo meio teve um romance com a actriz Rita Pereira, que se manteve no hospital ao lado da mãe de Angélico desde que soube do acidente. A relação durou três anos, sempre sob a atenção da imprensa e do público. Os dois apareceram juntos em várias festas, programas e fizeram mesmo uma campanha publicitária.

Paralelamente, Angélico continuava a somar pontos na música. Lançou o seu primeiro álbum a solo, “Angélico”, em 2008 e em 24 horas as vendas dispararam, atingindo a marca dos dez mil discos vendidos. Seguiram-se os concertos, as entrevistas, os programas. Era na música que se sentia como “peixe na água” e foi a viajar para mais uma actuação que morreu. Ia participar na habitual festa de verão da TVI, onde iria apresentar o novo álbum. Já tinha datas de espectáculos marcadas para os próximos meses.

Hoje os seus fãs, amigos e familiares choram. Os movimentos de apoio têm-se multiplicado pelas redes sociais e há ainda quem lembre a música que Angélico escreveu para Francisco Adam, quando este morreu também vítima de acidente. “Eu não te quero perder, presta atenção ao que te digo, encara a estrada como um perigo. Eu não te quero perder, o teu sorriso é o nosso sorriso, eu não te quero perder, estejas onde estiveres, estamos contigo”, escreveu Angélico, em 2006.



    Angelico infelizmente morreu


    Informação dada pelo Hospital de Santo António

    O milagre que os fãs pediam não aconteceu e a morte de Angélico foi confirmada

    28.06.2011 - 22:21 Por Margarida Gomes
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     O Hospital de Santo António, no Porto, confirmou, pelas 23h50, a morte do actor e cantor Angélico Vieira, que ali estava internado desde sábado vítima de um violento acidente de viação que sofreu ao volante de uma viatura na auto-estrada do Norte (A1), na zona de Estarreja.
    Fãs choram pela morte do cantorFãs choram pela morte do cantor (Nelson Garrido)
    A notícia era dada como inevitável desde que o hospital anunciou, ao início da tarde de ontem, que o protagonista da série Morangos com Açúcar e ídolo de milhares de adolescentes estava em morte cerebral, para angústia dos muitos fãs que não arredaram pé da entrada do Santo António durante todo o dia.

    Na sequência do acidente, o ex-vocalista da banda D´Zrt, de 28 anos, fez um traumatismo crânio-encefálico e outras lesões consideradas “irreversíveis” pelos médicos.

    Durante o dia de terça-feira, Angélico deixou de respirar espontaneamente, o que levou os médicos a anunciarem a morte cerebral do cantor cerca das 14h00. “O estado de saúde agravou-se nas últimas horas e os sinais vitais foram desaparecendo”, disse fonte hospitalar.

    Poucos minutos depois das 21h00, o assessor do hospital reuniu-se informalmente com os jornalistas que se encontravam no local, informando que não estavam ainda reunidas condições para que o comunicado com a confirmação do óbito fosse tornado público, uma vez que os familiares tinham levantado “questões procedimentais” sobre uma matéria que, frisou, não podia divulgar.

    Apesar das perguntas dos jornalistas, o assessor recusou-se a dizer de que “questões procedimentais” se tratava, confirmando apenas que Angélico continuava ainda ligado ao ventilador.

    Estas questões estariam, sabe o PÚBLICO, relacionadas com a eventual doação de órgãos, cuja colheita só pode acontecer com a pessoa ventilada. Sobre isto nada foi adiantado, mas também não foi negado.

    Por volta das 21h00, a família deixou o Santo António e a expectativa do hospital era a de que os familiares contactassem os médicos ainda no mesmo dia dando-lhes conta da sua posição, o que acabaria por acontecer poucas horas depois.

    Ao início da noite, a polícia vedou o acesso à entrada principal do hospital, obrigando os muitos fãs que ao longo do dia se foram concentrando a recuar e deixando aquele espaço apenas para os jornalistas. Por instantes houve alguma histeria, quando a actriz Laura Galvão e amiga de Angélico se dirigiu aos fãs com as lágrimas nos olhos para dizer: “É um momento difícil para todos nós. Temos de ser fortes”.

    Angélico Vieira morreu no mesmo dia em que o seu amigo Hélio Danilson Filipe, 25 anos, que teve morte imediata no mesmo acidente, foi a enterrar. Quanto a Arminda Leite, 17 anos, que ficou ferida com gravidade, permanece internada com prognóstico reservado. O quarto ocupante da viatura, Hugo Pinto, o único que seguia com o cinto de segurança colocado, sofreu apenas ferimentos ligeiros.

    Notícia actualizada às 0h28, de 29 de Junho

    Rita Pereira cancela agenda profissional

    28 | 06 | 2011   15.33H
    Rita Pereira, que teve um namoro longo e muito público com Angélico Vieira, tem sido o grande apoio de Filomena, a mãe do actor, durante a luta entre a vida e a morte no Hospital de Santo António do Porto.
    Vera Valadas Ferreira | vferreira@destak.pt
    A presença da actriz, desde o fatídico sábado ao lado da “ex-sogra”, tem sido fundamental, sobretudo até à chegada de Angola de Milton, o pai do cantor, registada ontem.
    Constantamente lavada em lágrimas, Rita tem sido uma das duas pessoas autorizadas a visitar Angélico, abandonando tudo nesta triste ocasião.
    Fonte da produtora Plural já confirmou que as gravações dos episódios da novela Remédio Santo, nas quais Rita participaria foram adiadas pelo menos até ao final da semana pois a jovem não se encontra em condições para trabalhar.
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